N. Sra. Afro/aparecida.

N. Sra. Afro/aparecida.
N. Sra. Afro/aparecida, 2012. Lambda print s/PS, 220X140cm.

Quase profanos.

Quase profanos.
Quase profanos, 2012. Lambda-print s/ PS. 220X140/200cm cada.

S. Vampiro do crepúsculo.

S. Vampiro do crepúsculo.
S. Vampiro do crepúsculo, 2012. Lambda-Print s/PS, 220X140cm.

N.Sra. Afro/aparecida

N.Sra. Afro/aparecida
N.Sra. Afro/aparecida, 2012. Lambda-print, 220X200cm.

S. Leonardo-David da Record

S. Leonardo-David da Record
S. Leonardo-David da Record, 2012. Lambda-print, 220X140cm.

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CARLOS SENA. Bananas is my business, 2010 - Série de 12 gicleé-prints tendo Carmen Miranda como motivo,
40 X 40cm cada, acondicionadas em caixa de acrílico amarelo. Produção de Lucia Bertazo, editadas pelo Stúdio K.

Carmen 00

Carmen 00

Carmen 07

Carmen 07

Carmen 12

Carmen 12

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Tenham bons sonhos!

"Tenham bons sonhos!"

"Tenham bons sonhos!"
"Tenham bons sonhos!", 2012. imagens digitais em Lambda-print s/PS, 60X60cm cada.

Tenham bons sonhos 001

Tenham bons sonhos 001
"Tenham bons sonhos!", 2012. imagens digitais em Lambda-print s/PS, 60X60cm cada.

Tenham bons sonhos 002

Tenham bons sonhos 002
"Tenham bons sonhos!", 2012. imagens digitais em Lambda-print s/PS, 60X60cm cada.

Tenham bons sonhos 003

Tenham bons sonhos 003
"Tenham bons sonhos!", 2012. imagens digitais em Lambda-print s/PS, 60X60cm cada.

sábado, 17 de julho de 2010

Do prato azul pombinho, novos modelos de pratos azul-pombinho



Fragmento - Do prato azul pombinho, 2009. Imagem digital, impressão lambda-print, 40X40cm.

Esta é uma série de imagens impressas na técnica lambda-print, apresentando atualizados modelos de pratos azul-pombinho. Os novos modelos foram desenhados no computador, e estampados à partir da imagem escaneada do caquinho de um prato que pertencera aos ancestrais da poeta Cora Coralina. Esse antigo prato, despedaçado no fim do seu uso doméstico, teve os seus restos jogados num monturo que ficava no fundo do quintal da velha casa da ponte. Encontrado casualmente por mim, no antigo depósito de lixo doméstico, anos depois de ter sido jogado fora e muito antes daquele local, juntamente com toda a sua cidade entorno dele, virarem patrimônio histórico da humanidade; e curiosamente também, muito mais tempo ainda, depois daquele objeto - prato azul pombinho, ter servido de inspiração à magistral poeta goiana, para que escrevesse os seus dois poemas a que muitos consideram ser, os mais lindos da sua estraordinária produção literária: " História do aparelho azul pombinho" e "O prato azul-pombinho".

Esse minúsculo objeto encontrado era o suposto pedaço do último prato azul-pombinho, que segundo os poemas de Cora, de um aparelho de 92 peças, que fora propriedade da sua família há muitas gerações atrás, e agora, era para mim o elo perdido do tempo colonial de Goiás; recuperado no monturo da casa da sua maior escritora, brotando à flor da terra, depois de uma pesada chuva noturna. No fragmento de prato a presença do pombinho, figura que dá título para a narrativa poética que Cora imortalizou, e prova de pertencimento aos aparelho e prato historicizado. Foi por isso que o fragmento de ex-objeto utilitário despertou no "bricoleur e romântico artista" que habita em mim, um desejo de posse daquilo que então considerei ser, um verdadeiro fóssil da cultura colonial goiana.

O meu pequeno tesouro casualmente encontrado, posteriormente ficou guardado numa gaveta durante anos a fio. O tempo passou, e nessa passagem eu pude descobrir tantas outras coisas do mundo atual. E dentre todas elas, o mundo digital; Neste mundo, tomei conhecimento de fascinantes programas de manipulação digital de imagens e do escanner - instrumento que apropria de imagens sem necessáriamente intermediar com uma fotografia, ou seja, copia a imagem dos objetos diretamente da coisa em sí; Foi nesse encontro entre fragmentos da memória, com a máquina e a arte, que iniciei o meu domínio dos programas Corell Draw e Photoshop. Eles me possibilitaram a produção dessa série de imagens que hora apresento aqui.

O caquinho histórico, minúsculo pedaço daquele prato que inspirou as narrativas poéticas de Cora, que posteriormente fora enterrado pelo tempo, como um zumbi emergiu de repente do monturo da narradora para uma sobrevida, e nesta outra, ser transposto daquele sítio histórico para morar perdido numa gaveta na minha casa, e posteriormente ser submetido ao diálogo entre tecnologia do passado e do presente, tendo o computador como interface. Escaneado, o fragmento da antiga imagem do prato da poeta foi o ponto de partida, para poder gerar inúmeras outras novas imagens. Assim, foi criada uma grande série de estamparias desses hipotéticos novos pratos de louça azul-pombinho.

Com uma existência agora, tão somente virtual, estes modelos atuais, renovam o repertório de imagens do prato azul-pombinho. Operação inútil, que tenta resgatar a memória do objeto original, da perda a que o tempo se lhe impôs, ampliando a sua lembrança, e criando-lhe uma existência nova.

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